Na primeira intervenção no Senado como primeiro-ministro, Matteo Renzi garantiu que o seu é um Governo de viragem e que é hora de ter coragem.
Renzi enfrentou na segunda-feira a primeira moção de confiança desde que tomou posse no passado dia 22 de Fevereiro, assumindo ser fundamental pôr as contas em ordem considerando que a chave está na União europeia.
A apresentação do programa do novo Governo passa pelo trabalho desenvolvido com Pier Carlo Padoan, ex-economista-chefe da OCDE e seu ministro da Economia e Finanças, prometendo “novidades na próxima semana”, mas uma das principais dúvidas prende-se com a eventualidade de aumento de impostos sobre as mais-valias financeiras, numa altura em que a imprensa italiana afirma que vários especialistas garantem que este tipo de imposto conseguiria no máximo algo próximo dos mil milhões de euros.
Apesar da reduzida margem de encaixe desta iniciativa, Renzi deverá apostar no aumento das taxas sobre rendimentos de aplicações financeiras e apostar na redução da despesa pública que ainda em 2014 poderá significar um corte de 4 mil milhões de euros, sendo que se mantém o objetivo da redução de 32 mil milhões de euros de despesa até 2016.
Uma das medidas que Renzi irá apresentar passa pela mobilidade dos funcionários públicos, no sentido de garantir maior flexibilidade e ajustamento às necessidades do serviço público.