O papa Francisco deu mais um passo na reforma da Cúria e anunciou a criação do ministério da economia no Vaticano, que inclui um conselho para definir as principais linhas de atuação em matéria financeira.
Dezassete dias antes do primeiro aniversário da sua eleição, Jorge Mario Bergoglio mostra a sua determinação em concretizar o que tinha prometido antes de ser eleito Papa, depois de tornados públicos vários escândalos envolvendo a administração da Santa Sé, por alegados atos de corrupção financeira, como o chamado caso dos documentos secretos “Vatileaks”.
Para o Papa, a Igreja está consciente da sua responsabilidade em proteger e gerir os seus ativos com cuidado, tendo em vista a sua missão de evangelização com uma predileção especial para os pobres.
Nesse sentido, a nova Secretaria de Assuntos Económicos vai ter autoridade sobre todas as atividades económicas e administrativas dentro da Santa Sé e do Estado do Vaticano, terá a tarefa de preparar qualquer orçamento e planeamento financeiro e será conduzida pelo cardeal australiano, George Pell.
Já o novo Conselho para a economia servirá para supervisionar este novo ministério e vai ser composto por oito cardeais e bispos de várias nacionalidades, além de sete técnicos especializados.