1ª MEDALHA UCRANIANA NOS JO INVERNO DURANTE A CRISE EM KIEV

sochiA equipa constituída pelas atletas, Vita Semerenko (bronze no sprint), Julia Dzhyma, valj Semerenko e Olena Pidhrushna ganhou a prova feminina de Biathlon, a 26 segundos e 4/10 da Russia e a 37,6 segundos da Noruega, conquistando a segunda medalha de ouro da Ucrânia na história da competição.
Mas no final, não houve qualquer manifestação festiva por parte da equipa olímpica ucraniana sobre o resultado alcançado na prova realizada em Sochi, a mais de 1 400 kms de Kiev.
Na capital da Ucrânia , o presidente Viktor Yanukovych e os líderes da oposição assinaram um acordo para acabar com a crise , depois do surto de violência que provocou cerca de 80 mortos em três dias.
O parlamento ucraniano registou forte atividade nesta reta final da semana. A última proposta é a votação da demissão do ministro do interior, Zakharchenko por ser uma figura odiada na Praça da Independência de Kiev, responsável pela tutela das forças de segurança e ordens das várias operações da polícia contra os manifestantes anti-governamentais, sendo a sua demissão vista como uma vitória para o movimento de protesto.
Também votaram a abolição de um artigo do código penal que vai permitir a libertação de dissidentes políticos, como a antiga primeira-ministra, Ioulia Timochenko, mas a proposta-lei para entrar em vigor, vai precisar da assinatura do atual presidente.
Os deputados ucranianos também aprovaram já por ampla maioria a reposição da Constituição de 2004, que limita os poderes do Presidente, uma das principais exigências da oposição.
A reforma constitucional foi apoiada por 386 dos 450 deputados, pouco depois da assinatura de um acordo entre os líderes da oposição e o presidente, Viktor Ianukovitch.
Num prazo de cinco dias, Ianukovitch perderá alguns dos seus principais poderes, qualificados pelo líder do principal partido da oposição, Batkivschina (Pátria), como “ditatoriais”.
O acordo para pôr fim à crise foi assinado no palácio presidencial, na presença dos mediadores europeus, alemães, polacos e franceses e prevê a antecipação das eleições presidenciais, a formação de um governo de coligação e a reforma constitucional.
A Casa Branca já se congratulou pelo acordo alcançado na Ucrânia, enquanto a Rússia esclareceu que não assinou o acordo, enquanto mediador, mas saúda o compromisso para uma coexistência pacífica na Ucrânia.