UNICEF PRECISA DE 2,2 MILHÕES DE DÓLARES PARA AJUDA DE EMERGÊNCIA ESTE ANO

unicefO apelo é considerado o maior de sempre, foi lançado em Genebra, pela UNICEF, avisando que precisa de 2,2 mil milhões de dólares, o maior orçamento de sempre da agência, para ajudar 85 milhões de pessoas, entre as quais 59 milhões de crianças, em 50 países.
O montante que ronda 1,6 mil milhões de euros) é justificado com o número de situações de emergência em larga escala e de grande complexidade que continuam a causar deslocações massivas de populações e a pôr em risco a vida e o bem-estar de milhões de crianças.
No comunicado, a UNICEF adianta que a maior percentagem deste montante (28%) destina-se a fornecer água, higiene e saneamento a 23 milhões de crianças e outros 20% a alimentar 2,7 milhões de crianças que sofrem de subnutrição aguda severa.
A Síria é uma prioridade, cerca de 40% do total pedido pela Unicef, 835 milhões de dólares, são destinados às crianças sírias, num país em que a organização quer prestar assistência vital, nomeadamente em imunização, água e saneamento, educação e proteção, mas também para promover competências em matéria de coesão social e de reforço da paz.
Outra preocupação é o Sudão, de onde acaba de regressar o diretor de Programas de Emergência do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Ted Chaiban, que conta que esteve no Sudão do Sul, onde o mais recente conflito de grandes proporções está a pôr em causa a vida de milhões de pessoas, mais de 400.000 crianças e respetivas famílias foram deslocadas devido ao conflito e mais de 3,2 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária, juntando-se a milhões de outras crianças afetadas por conflitos, por exemplo em África, destaca ainda o caso da República Centro-Africana, da República Democrática do Congo, da Birmânia, da Somália, do Iémen, ou Afeganistão e Colômbia.
Entre os 50 países para os quais a UNICEF pede um montante específico está Angola, para o qual são pedidos seis milhões de dólares, metade dos quais se destinam ao setor da água, higiene e saneamento, “devido à crítica falta de água” e que pretende assim alcançar 517.800 pessoas, entre as quais 421 mil crianças, em 2014.
A organização conclui ainda que devido ao défice de financiamento em países como a Eritreia, o Lesoto ou Madagáscar, bem como às restrições ao acesso humanitário, à insegurança e a um ambiente em que as intervenções são difíceis, muitas das necessidades ficaram por satisfazer.