MASSAMÁ – JOVEM TINHA PLANO PARA MATAR 60 PESSOAS

Gonçalo fica três meses em instituição psiquiátrica (Foto de Mariline Alves)
Gonçalo fica três meses em instituição psiquiátrica (Foto de Mariline Alves)
Gonçalo fica três meses em instituição psiquiátrica (Foto de Mariline Alves)
Gonçalo fica três meses em instituição psiquiátrica (Foto de Mariline Alves)

No plano de matança de Gonçalo, de 15 anos, constava uma extensa lista de materiais perigosos como facas, verylights, gás pimenta, um bastão, gasolina, álcool e vários isqueiros e caixas de fósforos. Mas esta lista, numa folha A4 que já está nas mãos da polícia, funcionava apenas para substituir o verdadeiro plano do estudante de Massamá, Sintra, que tinha por objetivo assassinar a tiro pelo menos 60 pessoas dentro da escola onde estuda.
Cerca de uma semana antes, Gonçalo, que anteontem esfaqueou três pessoas – dois colegas e uma funcionária, na Secundária Stuart Carvalhais – encomendou uma pistola a um colega, entretanto já identificado pela polícia. O valor apagar era de 170 euros, que Gonçalo não conseguiu arranjar a tempo.
O jovem que iria vender a arma ao rapaz já fez saber aos agentes que nunca teve a arma de fogo, mas, pelo contrário, diz que a intenção do colega era bem real. No plano constava ainda a intenção de fugir do local e depois suicidar-se num esconderijo.
Ontem, Gonçalo, filho de dois profissionais de saúde, foi presente a um juiz do Tribunal de Família e Menores de Sintra, e ficou sujeito à medida de internamente num centro educativo durante três meses. Depois, será sujeito a uma avaliação psiquiátrica para se ficar a saber se o jovem está apto para regressar à escola e a casa. Gonçalo é filho único – e passou todos os anos na escola com boas notas.
Ontem, ao juiz, segundo o seu advogado, Pedro Proença, mostrou-se arrependido, mas disse que a sua intenção não era matar os colegas. Disse estar afetado psicologicamente por sentir que o casamento dos pais estava em risco e não quer que eles se separem.“
É um bom menino, excelente aluno, que merece uma oportunidade. A compra da arma não devia passar de uma brincadeira”, diz o advogado.