( ANDRE KOSTERS/LUSA)
Nuno Crato avisou, em recente entrevista ao CM, que queria pôr fim ao “sistema soviético de contratação de professores” e ontem começou a dar passos decisivos nesse sentido. Ao alargar o número de escolas com contratos de autonomia, o Governo conseguirá que, até final de 2013, quase 40 por cento das escolas, o dobro do número atual, passem a recrutar diretamente os professores.
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) assinou ontem, em Setúbal, contratos de autonomia com 104 agrupamentos e escolas. E, segundo revelou a tutela ao CM,“até ao final do ano civil prevê-se a assinatura de cerca de mais 60 novos contratos”. Juntando os 45 contratos de autonomia já existentes, o total subirá para 209, num aumento de 464 porcento. Somando os 116 agrupamentos e escolas situados em zonas carenciadas, classificados como Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), que
também estão obrigados a contratar diretamente os docentes, haverá um total de 325 unidades de gestão nessas condições, 39,1 por cento das 831 existentes no País.