ÍLHAVO: ROUBAM CINZAS DE BEBÉ A CASAL

Daniel e Irina têm esperança de que a urna com as cinzas do filho seja encontrada. (DIÁRIO DE AVEIRO)
Daniel e Irina têm esperança de que a urna com as cinzas do filho seja encontrada. (DIÁRIO DE AVEIRO)
Daniel e Irina têm esperança de que a urna com as cinzas do filho seja encontrada. (DIÁRIO DE AVEIRO)
Daniel e Irina têm esperança de que a urna com as cinzas do filho seja encontrada.
(DIÁRIO DE AVEIRO)

Quando o casal esteve de férias em Aveiro, em maio, Daniel Elkart viveu os melhores dias da gravidez da sua mulher Irina Mozzhegorova. E foi por isso que, agora, quiserem vir de propósito a Portugal lançar as cinzas do filho, que acabaria por morrer apenas com 19 dias. Só que, antes que o pudessem fazer, o carro foi assaltado e a urna com os restos mortais do pequeno Leonard foi roubada.
O bebé nasceu em agosto, mas foi vítima de uma doença súbita fatal. O casal – ele alemão e ela russa – escolheu a Costa Nova, Ílhavo, para lançar as cinzas ao mar. Chegaram na quinta-feira, dia em que viram o carro que alugaram no Porto ser assaltado.
“Na viagem que fizemos, ficámos a adorar o País, o povo, o mar, tudo. Depois da tragédia, decidimos não fazer um funeral normal na Alemanha e entendemos que o último lugar que Leonard devia ter na Terra era em Portugal”, disse ao CM Daniel.
“Estão destroçados porque sentem que perderam o filho duas vezes”, referiu Cátia Santos, que acolheu o jovem casal, de 23 e 26 anos, após o furto. “Ficaram sem dinheiro, sem documentos, mas nada disso lhes importa, desde que possam reaver a urna com as cinzas do filho para se poderem fazer o luto como planeado”, vincou.
O casal estacionou o carro junto à praia enquanto procurava o melhor local para atirar as cinzas do pequeno Leonard. “Quando regressaram, o carro tinha sido assaltado e tudo o que tinham na mala foi roubado. Ficaram em pânico e pediram ajuda aos meus pais que passavam por ali na altura”, contou Cátia.
Daniel Elkart e Irina Mozzhegorova residem em Nuremberga, na Alemanha, e estão agora a ser apoiados pelo consulado do seu país. Devem ficar até sábado, na esperança de ainda conseguirem realizar a cerimónia. O furto é agora investigado pela GNR.