

Munro pareceu estar sem palavras e um pouco pressionada por toda a atenção, depois de se tornar a 110ª laureada do Prémio Nobel da Literatura e apenas a 13ª mulher a receber o prestigioso prémio de $1,2 milhões. Ela é a primeira mulher canadiana a ganhar o prémio.
“Sinto-me maravilhosa. É realmente ótimo”, declarou Munro à CP24 por telefone, enquanto comemorava com as suas filhas, na sua casa em Victoria, BC, na quinta-feira de manhã. Descrita como uma Chekhov contemporânea, Munro é uma das escritoras mais conhecidas do Canadá e é considerada como uma das maiores escritoras de contos do mundo. Quando o seu nome foi anunciado em Estocolmo, a Academia Sueca, que seleciona os vencedores, chamou-a de “mestra da história contemporânea”.
A honra não é uma completa surpresa para Munro, apesar de uma chamada madrugadora – por volta das 04:00 horas – a informar que ela havia ganhado o Nobel da Literatura.
Munro, que vem da cidade agrícola de Wingham, Ontario, sabia que estava a ser considerada para o prémio (muitos apostadores colocavam-na como número dois na sua lista de favoritos), mas ela nunca imaginou que viria a ganhar.
“De todo, não pensei sobre as minhas hipóteses”, confidenciou Munro, que vai receber o prémio, num evento em dezembro.
Munro venceu o prémio poucos meses depois de afirmar, ao National Post, que “provavelmente não iria escrever mais”.
Entre as suas obras célebres estão “Dance of the Happy Shades” (1968), “The Progress of Love” (1986), “Runaway” (2004) e “Who Do You Think You Are?” (1978).
A vitória de Munro volta a colocar os holofotes sobre a literatura canadiana. Numa declaração por escrito, o primeiro-ministro Stephen Harper disse que o “feito notável” de Munro é “o culminar de uma vida de escrita brilhante”.