É costume dizer-se que os Portugueses passam a vida a atirar pedras para cima do próprio telhado. Significa isto que, enquanto permanecemos nas nossas terras de origem, trabalhando e desenvolvendo o que melhor sabemos, temos um sentido crítico demasiado apurado, ao ponto de nada ter a ver com as realidades seguintes, uma vez ausentes.
De facto, as pessoas movem-se para melhorar. Quando não encontram nas origens o que mais lhes agrada, lançamse em projetos fora de portas e, muitas vezes, completamente diferentes do que habitualmente faziam. E, geralmente, vencem.
No Portugal de hoje, os que têm trabalho seguro fazem greve; os que nunca trabalharam manifestam-se; os que ficaram sem trabalho e continuam a receber aguardam melhores dias.
O País precisa de riqueza e só com trabalho se chega a bom porto. Quem sai e recomeça vida noutros países, como o Canadá, sabe quanto isso custa e quanto vale a pena apostar no futuro.
Aqui, há distância de um oceano, vamos ficando atentos e observando as pedras que são lançadas, não se sabe para quê e com que objetivo.
A Direção