SAÚDE POUPA 11 MILHÕES POR ANO

Os hospitais esbanjavam todos os anos milhões de euros na compra individualizada de serviços (Foto de João Miguel Rodrigues)
Os hospitais esbanjavam todos os anos milhões de euros na compra individualizada de serviços (Foto de João Miguel Rodrigues)
 Os hospitais esbanjavam todos os anos milhões de euros na compra individualizada de serviços (Foto de João Miguel Rodrigues)

Os hospitais esbanjavam todos os anos milhões de euros na compra individualizada de serviços (Foto de João Miguel Rodrigues)

As unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) gastavam por ano 26,3 milhões de euros só na compra de tinteiros de impressão (toners) e programas de computador (licenças de software). Gastos excessivos porque as aquisições eram feitas de forma individualizada. Porém, a centralização das compras em 2013 permitiu ao Ministério da Saúde reduzir a despesa pública em 11,1 milhões de euros na aquisição desses materiais de informática. Os dados foram avançados ontem pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, num encontro com os jornalistas. Na ocasião, o governante avançou com outros exemplos de “rendas excessivas”. É o caso da eletricidade que fica mais barata cinco milhões de euros. A fatura baixa dos 60 milhões para os 55 milhões de euros. Nas comunicações móveis o Ministério da Saúde prevê uma redução de 200 mil euros (46%).
Com os medicamentos também foi possível baixar a despesa pública. Os custos com os contracetivos ascendiam a 9,2 milhões de euros por ano. A fatura foi reduzida em 1,3 milhões de euros.
Outros medicamentos atingiram quebras no preço e na comparticipação do SNS. É o caso da lovastatina, para reduzir o colesterol, em que o preço de venda ao público caiu de 31,17 euros em abril deste ano para os 9,17 euros.
Paulo Macedo referiu ainda que vai avançar coma clarificação de casos onde possa haver conflito de interesses. Como exemplos, referiu os médicos que acumulam trabalho no setor público e no privado e os que produzem as normas de orientação clínica, que têm por base a escolha de medicamentos. A prescrição e a venda dos medicamentos também vão ser escrutinados nesta questão.
Foi ainda anunciado o concurso com 130 vagas para assistentes graduados seniores, para a formação de internos, o que é considerado insuficiente.