MIGUEL BARREIRA
É um caso inédito. O Sistema de Segurança Interna deu um parecer desfavorável à marcha de protesto da CGTP, dia 19 de outubro, na Ponte 25 de Abril. O chumbo surpreendeu a central sindical, liderada por Arménio Carlos, que contesta os argumentos e já respondeu: “ O problema deixou de ser técnico e passou a ser político.” A CGTP mantém a intenção de realizar a marcha e fala em “ pretextos falsos e mentirosos”.
Lembrando que a ponte costuma acolher maratonas, Arménio Carlos considerou ontem que “ o que é normal para uma corrida [ de atletismo ] não é para
uma manifestação ”. E desafiou o ministro da Administração Interna para uma reunião, que inclua as autarquias.
O parecer negativo, emitido a 4 de outubro, é justificado com diversos riscos de segurança, designadamente o número desconhecido de participantes, a inexistência de meios preparados para garantir a segurança dos equipamentos e dos acessos à plataforma ferroviária da ponte e ainda no que
“toca à gestão dos acessos” à dita infraestrutura.