JORNAL DE ANGOLA DEFENDE MACHETE

Rui Machete vai amanhã ao Parlamento. O caso angolano será um dos pontos fortes (Foto de Patrick Seeger/EPA)
Rui Machete vai amanhã ao Parlamento. O caso angolano será um dos pontos fortes (Foto de Patrick Seeger/EPA)
Rui Machete vai amanhã ao Parlamento. O caso angolano será um dos pontos fortes (Foto de Patrick Seeger/EPA)
Rui Machete vai amanhã ao Parlamento. O caso angolano será um dos pontos fortes (Foto de Patrick Seeger/EPA)

É mais um caso que está a criar incómodo no Governo. O ‘Jornal de Angola’ publica, na sua versão online, um artigo de opinião, que sai em defesa do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros Rui Machete. Como título “Criminosos portugueses contra as suas próprias vítimas”, o jornal, que segue a linha oficial do governo de José Eduardo dos Santos, considera que “Rui Machete, como jurista que é, pediu diplomaticamente desculpa (não desculpas diplomáticas) pelas patifarias cometidas pelo Ministério Público e órgãos de comunicação social contra o vice-presidente da República Manuel Vicente e o procurador-geral da República João Maria de Sousa”.
Em causa estão as declarações de Machete à Rádio Nacional de Angola a garantir que nada de relevante tem o processo em investigação sobre Manuel Vicente e João Maria de Sousa. O ministro já procurou retratar-se, o primeiro-ministro Passos Coelho mantém-no no Executivo, mas na coligação teme-se que o caso não fique por aqui. O governante vai amanhã ao Parlamento e alguns deputados confessaram ao CM que estão apreensivos. “Mas é melhor ir do que não ir”, frisa ao CM um parlamentar da coligação.
No artigo de opinião do ‘Jornal de Angola’, de Álvaro Domingos, lê-se: “Os mais assanhados membros das elites corruptas e caloteiras portuguesas trucidaram o ministro e por tabela lançaram a habitual chuva de calúnias contra os dirigentes angolanos, eleitos democraticamente”. Tudo, porque Machete meteu “água na fervura”, num caso que o autor do artigo define como “episódio aviltante que deveria encher de vergonha o poder judicial em Portugal”. Mais, acusou ainda a Procuradoria-Geral da República e o Ministério Público de se “porem fora da lei”. O CM tentou obter um comentário oficial do ministério e do gabinete do primeiro-ministro, mas a estratégia foi a de absoluto silêncio.