VERTIGENS NÃO SÃO UMA DOENÇA

É importante perceber a origem das vertigens
É importante perceber a origem das vertigens
 É importante perceber a origem das vertigens
É importante perceber a origem das vertigens

São caracterizadas por crises de duração variável, em que se tem a impressão de que tudo está a girar à nossa volta ou de que giramos em torno do nosso próprio eixo. Os especialistas estimam que metade dos portugueses já terá tido vertigens. Mas o que importa salientar é que as vertigens não são uma doença, mas sim um sintoma que tem causas diversas, que não se devem menosprezar e que têm tratamento.
As causas mais comuns de vertigem são doenças que afetam o ouvido interno. Segundo Maria Manuel Henriques, otorrinolaringologista na Clínica Cuf Alvalade (Lisboa), um exemplo é a vertigem posicional paroxística benigna, que pode ser provocada, por exemplo, por um simples traumatismo craniano.
“Os cristais do ouvido interno deslocam-se e provocam a vertigem”, especifica a especialista, afirmando que, para estes casos, o tratamento passa normalmente por executar a ‘manobra de Eley’. “São exercícios com a cabeça, que permitem voltar a colocar os cristais no sítio”, explica Maria Manuel Henriques.
Há ainda casos de labirintite aguda, igualmente denominada nevrite vestibular, que também pode provocar vertigens. “Trata-se de uma inflamação do aparelho responsável pela manutenção do equilíbrio no ouvido interno, normalmente causada por vírus”, salienta a mesma especialista.
Outra causa provável de vertigem é a Doença de Menière. “É uma doença que provoca episódios repetidos de vertigens, geralmente com zumbidos nos ouvidos e comum a perda de audição progressiva para sons de baixa frequência”, refere Maria Manuel Henriques.
Para estes casos, o médico pode recomendar outros tipos de reabilitação vestibular, também denominada reabilitação do equilíbrio.
Maria Manuel Henriques sublinha a necessidade de uma avaliação médica sempre que se verifiquem situações de vertigens. “É feito um exame ao equilíbrio, através de vários exercícios, e aos olhos, para verificar se há movimentos anormais de oscilação [nistagmo]. É usada a videonistagmografia, que é um exame que permite verificar a oscilação dos olhos através de uma máscara com câmara de vídeo”, refere a otorrinolaringologista da Clínica Cuf Alvalade.