O novo presidente da organização que representa 34.000 médicos do Ontário e estudantes de medicina diz que não vai voltar à mesa de negociações com o governo até que a arbitragem obrigatória tenha sido posta em prática.
A drª Virginia Walley foi nomeada presidente da Associação Médica do Ontário (OMA), no domingo.
Já se passaram dois anos desde que a OMA teve um acordo com o Ministério da Saúde, e um ano desde que eles estiveram à mesa de negociação. Ambos os lados reivindicam que a outra parte se afastou das negociações, e ambos dizem que estão dispostos a voltar – em determinadas circunstâncias.
Wally confirmou no domingo que a OMA não regressará à mesa para discutir um acordo até que o ministro da Saúde Eric Hoskins coloque em prática a arbitragem obrigatória.
Conforme descrito na Lei do Trabalho do Ontário, a arbitragem obrigatória é um processo “quasi-judicial” para a resolução de disputas, em que uma terceira parte independente – um árbitro – decide sobre os termos de um acordo depois de ouvir ambos os lados. Em seguida, ambos os lados são obrigados a seguir esse acordo.
Policiais, agentes penitenciários e guardas prisionais estão entre os grupos que negociam, recorrendo à arbitragem obrigatória no Ontário.
Mas o ministro da Saúde Eric Hoskins refere que o governo está “disposto a discutir a mediação/arbitragem à mesa de negociações, mas este não pode ser o único item da agenda”.
Hoskins disse que o governo quer destacar que a tabela de preços não acompanhou o ritmo das mudanças tecnológicas que permitem que alguns especialistas apresentem uma fatura bem acima dos 368.000 dólares, a média das faturas médicas no Ontário.
Mas Walley disse que a OMA não quer falar sobre a arbitragem obrigatória à mesa de negociação – o grupo quer que esta seja posta em prática para que eles possam regressar às negociações com algum tipo de garantia de que o ministério vai agir.
Fonte: Canadian Press