(Peter Powell/EPA)
Quando o clube inglês anunciou (9 de maio) que o sucessor iria ser David Moyes, o técnico, de 50 anos, sentiu-se “enganado” por Ferguson. Segundo noticiou ontem o jornal espanhol ‘ElPaís’,o escocês nada lhe disse quando escolheu o compatriota do Everton, que nunca tinha ganho qualquer troféu. A mesma publicação frisa que o que mais preocupou Mourinho foi que a opinião pública poderia concluir que tinha feito um papel ridículo.
Afinal, durante anos, o “aparato de propaganda” que o rodeava, em especial a Gestifute, de Jorge Mendes, fez passar que havia uma “enorme amizade” entre ele e Ferguson. Para que que tal história tivesse coerência, depois de ter sido preterido por Moyes, a empresa divulgou que Ferguson, quatro meses antes de sair, o tinha convidado para o M.United mas que Mourinho recusara, por a mulher, Matilde, preferir viver em Londres. Porém, numa entrevista de Mourinho à Sky (9 de maio), o próprio entrou em contradição, ao afirmar que Ferguson nunca o convidou, pois já sabia que preferia voltar ao Chelsea. O ‘El País’ escreve, ainda, que o setubalense – nessa altura usava um relógio ‘Mourinho City Ego’ da firma De la Cour, avaliado em 20 mil euros, com a inscrição ‘Não tenho medo das consequências das minhas decisões’–viveu os dias mais amargos da sua passagem pelo Real Madrid, culminada com a derrota (1-2) na final da Taça do Rei, em pleno Bernabéu, perante o Atlético de Madrid.