ESTADO JÁ PERDEU 28 MIL MILHÕES

Maioria dos desempregados em Portugal está nessa situação há mais de dois anos. (MARILINE ALVES)
Maioria dos desempregados em Portugal está nessa situação há mais de dois anos. (MARILINE ALVES)
Maioria dos desempregados em Portugal está nessa situação há mais de dois anos. (MARILINE ALVES)
Maioria dos desempregados em Portugal está nessa situação há mais de dois anos.
(MARILINE ALVES)

Cofres da Segurança Social perdem cada vez mais dinheiro com a falta de contribuições de trabalhadores que ficaram sem o emprego devido à crise.
Os cofres públicos perdem em média 4700 milhões de euros por ano com os descontos dos trabalhadores portugueses que deixaram de existir por estes terem caído no desemprego. Entre 2000 e 2012, a receita perdida com o desemprego chega aos 28,5 mil milhões de euros, o equivalente a 18 por cento de toda a riqueza que o País produz num ano.
A perda resulta de contribuições para a Segurança Social com base no salário médio dos portugueses, numa altura em que o desemprego está em níveis históricos. Só os 923,3 mil portugueses sem trabalho que o Instituto Nacional de Estatística (INE) contabilizou no ano passado representam uma perda de receita contributiva de 5165 milhões de euros. Se tivermos em atenção os que já nem entram para a estatística porque simplesmente desistiram de procurar emprego, o buraco nas contas da Segurança Social é ainda maior. Os números de desempregados inscritos no IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional) atingiam em agosto os 695 mil para pouco mais de 11 mil ofertas de trabalho. Isto significa uma média de 60 pessoas por cada vaga.
Aliada à perda de receita, como nota o economista Eugénio Rosa, há que contabilizar a despesa do Estado com os apoios sociais aos desempregados: 7359 milhões de euros só entre 2011 e 2013 no que respeita ao subsídio de desemprego.