BCP AMEAÇA DESPEDIR PARA CORTAR SALÁRIOS

O BCP está obrigado a reduzir os custos com os trabalhadores em 25% entre o final de 2012 e 2017
O BCP está obrigado a reduzir os custos com os trabalhadores em 25% entre o final de 2012 e 2017
O BCP está obrigado a reduzir os custos com os trabalhadores em 25% entre o final de 2012 e 2017 (Foto de Tiago Vicente)
O BCP está obrigado a reduzir os custos com os trabalhadores em 25% entre o final de 2012 e 2017 (Foto de Tiago Vicente)

O BCP está a negociar com os sindicatos cortes temporários nos salários até 2017, abrindo mão de um despedimento coletivo que poderia atingir 1 200 funcionários.
Mário Mourão, secretário-geral da Federação Nacional do Setor Financeiro (Febase), afirmou ao CM “que os sindicatos estão disponíveis para discutir formas de reduzir os custos” salariais no BCP. “Está em cima da mesa um ajuste salarial temporário”, avançou o sindicalista, adiantando que o banco terá de dar a garantia de que “em 2017 é reposto o nível salarial que o trabalhador tinha aquando do corte” e reduzir“ significativamente o número de rescisões” que levará a cabo. “Não aceitamos que se fale em mais de mil [despedimentos]”, afirmou Mário Mourão, sublinhando que foi assumida como referência a saída de 400 bancários, através de reformas antecipadas, rescisões amigáveis e saídas naturais.”
Quanto aos possíveis cortes salariais, o secretário-geral da Febase reforça que tem de ser salvaguardada a situação dos trabalhadores com vencimentos mais baixos. “Para quem tem salários entre os 700 e 900 euros, o ajuste salarial não pode ir além dos 0,5 ou 1%”, acrescenta. Os cortes poderão incidir sobre o salário-base ou complementos.
A Febase deverá voltar a reunir com a administração do banco liderado por Nuno Amado na próxima semana. “Tem de se encontrar uma solução rápida para que os trabalhadores do BCP tenham sossego.”