ITÁLIA – A MAIOR E MAIS DISPENDIOSA OPERAÇÃO DE RESGATE NAVAL DE SEMPRE

O ‘Costa Concordia’ naufragou em janeiro do ano passado junto à ilha de Giglio, na Toscânia, com mais de quatro mil pessoas a bordo (Foto Angelo Carconi/EPA)
O ‘Costa Concordia’ naufragou em janeiro do ano passado junto à ilha de Giglio, na Toscânia, com mais de quatro mil pessoas a bordo (Foto Angelo Carconi/EPA)
O ‘Costa Concordia’ naufragou em janeiro do ano passado junto à ilha de Giglio, na Toscânia, com mais de quatro mil pessoas a bordo (Foto Angelo Carconi/EPA)
O ‘Costa Concordia’ naufragou em janeiro do ano passado junto à ilha de Giglio, na Toscânia, com mais de quatro mil pessoas a bordo (Foto Angelo Carconi/EPA)

Na maior e mais dispendiosa operação de sempre no seu género, com um custo superior a 600 milhões de euros, o navio de cruzeiro ‘Costa Concordia’, que naufragou há mais de ano e meio junto à ilha italiana de Giglio, ao largo da Toscânia, causando a morte a 30 pessoas, começou ontem a ser retirado do fundo do mar.
O início da complexa operação foi adiado duas horas devido ao mau tempo que assolou a região. No entanto, duas horas depois do início dos trabalhos, com a duração inicialmente prevista para doze horas, já era possível vislumbrar um metro de casco enferrujado que emergiu da água. O navio, tombado para a direita, foi estabilizado com centenas de sacos de cimento, colocados por mergulhadores, e por uma plataforma submarina do tamanho de um campo de futebol. A operação de levantamento do navio implicou a sua rotação com a ajuda de enormes cabos e gruas hidráulicas.
Ao fim de sete horas, os supervisores da operação indicaram que o paquete tinha sido endireitado até a um ângulo que distava dez graus do seu eixo vertical. Uma vez içado em 24 graus, previa-se que o navio começasse a endireitar-se por si mesmo, graças à gravidade e a enormes tanques cheios de água anexados ao navio.
Numa segunda fase, após a recolocação do navio na posição normal, deverão ser colocados contrapesos flutuantes no lado direito, para o equilibrar, antes de ser rebocado para o estaleiro, onde será desmantelado na próxima primavera.
Uma equipa de 500 engenheiros de 24 países está envolvida na operação para endireitar o navio de 114 toneladas, 290 metros de comprimento, 35 de largura e 70 de altura – mais longo do que o ‘Titanic’ e duas vezes mais pesado. As autoridades tinham estimado que a operação poderia estar concluída ao início da noite de ontem, mas, devido aos atrasos, afigurava-se como provável que se prolongasse noite dentro. Nos próximos dias será possível avaliar melhor a extensão da poluição causada por toneladas de substâncias orgânicas, incluindo líquidos e detritos tóxicos acumulados no interior do navio.
O ‘Costa Concordia’ naufragou a 13 de janeiro do ano passado. A bordo, entre passageiros e tripulantes, encontravam-se 4 252pessoas. Morreram 30 pessoas e outras duas foram dadas como desaparecidas.