Hoje, data-limite para o início do ano letivo, há escolas que irão permanecer fechadas devido à falta de professores. Vários protestos estão agendados um pouco por todo o País.
Em Lisboa, na Escola Básica Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, no bairro da Boavista, os Portões irão estar fechados porque faltam cinco professores. Manuel Esperança, presidente do agrupamento de escolas de Benfica acredita que só dentro de cinco dias os alunos do primeiro ciclo começarão as aulas. Também na Escola Básica 1 nº 36 na Calçadinha dos Olivais há 160 crianças que não deverão ter aulas devido à falta de professores. A redução de uma turma do 1º ano leva, por sua vez, os pais da escola do primeiro ciclo da Azinhaga, Golegã, a concentrarem-se junto à porta da escola, recusando a entrada dos filhos.
A falta de professores levou o ministro da Educação, Nuno Crato, a reconhecer que ainda há 1991 horários por preencher. Estes horários serão disponibilizados para contratação a nível de escola e a colocação será feita através da Reserva de Recrutamento que decorre até dezembro. Para o presidente do Conselho de Escolas, a falta de professores verifica-se, sobretudo, na área de Lisboa, com especial incidência no pré-escolar e primeiro ciclo.
Também as más condições de funcionamento das escolas levam os pais aos protestos. Na Escola Básica Parque das Nações, em Lisboa, a realização de aulas em contentores é motivo de descontentamento. Mais a Norte, pais e alunos da Secundária do Marco de Canaveses devem regressar hoje à escola, vestidos de verde, para pressionar o Governo a concluir as obras na escola.