O negócio de angariação de interessados em trabalhos temporários rendeu uma fortuna a um grupo organizado de falsos intermediários, que lucraram cerca de 2,5 milhões de euros num esquema fraudulento que passava por burlar desempregados e entidades empregadoras, na Grande Lisboa. Foram apanhados seis elementos desta rede, pela Polícia Judiciária, tendo dois deles ficado, anteontem, em prisão preventiva por ordem do juiz de instrução criminal.
A prova já estava consolidada na secção dedicada à investigação de burlas na diretoria de Lisboa da PJ, que sexta-feira de manhã, com mandados de detenção, avançou para a captura destes seis elementos – os que não ficaram presos até ao julgamento estão agora sujeitos a medidas de coação como apresentações periódicas à polícia.
Em causa está a exploração do negócio de empregos temporários, que tem empresas especializadas – as principais lesadas no esquema gizado pelos seis elementos da rede, conforme apurou o CM. Apoderaram-se de valores adiantados para despesas burocráticas como firmar de contratos dos novos funcionários e com as deslocações dos mesmos – ao todo arrecadaram pelo menos 2,5 milhões de euros. A investigação continua no sentido de encontrar mais vítimas.