MANUELA ZEVEDO
Seguro diz que vai às legislativas. Costa não descarta ser primeiro-ministro.
A quinze dias das eleições autárquicas, a tensão cresce dentro do PS com a possibilidade de um novo conflito interno, se os resultados autárquicos forem abaixo do esperado.
António Costa, que em janeiro recusou entrar na corrida à liderança, não descarta a hipótese de ser primeiro-ministro. Numa entrevista ao ‘Diário Económico’ afirmou: “Se recuso ser [primeiro-ministro], não. Se vou fazer tudo para ser, não”. Já o líder do PS, António José Seguro, que baixou a fasquia ao defender que “ganhar as eleições significa ter mais um voto que o segundo partido”, disse ontem estar confiante e espera “merecer a confiança do povo português para governar Portugal” em 2015, nas legislativas. A possibilidade de António Costa avançar para a liderança foi lançada esta semana na TVI 24 por Augusto Santos Silva, quando disse que Seguro “precisa de uma vitória clara” nas autárquicas para confirmar a liderança. O ex-ministro defendeu que se o PS tiver uma “pequena vitória” nas autárquicas e António Costa vencer em Lisboa de forma folgada, “pode reabrir a questão interna”.
Também Carlos César, ex-presidente do Governo dos Açores defendeu a necessidade de ter “a maioria das câmaras” para se falar em vitória.