Numa das cenas mais marcantes de ‘August: Osage County’, de John Wells, Julia Roberts perde a cabeça e atira-se ao pescoço de Meryl Streep, no culminar de uma reunião de família em que tudo acontece. Será um dos extremos a que chega a adaptação da peça de teatro de Tracy Letts, já galardoada com um prémio Pulitzer (e apresentada noTeatro Nacional D. Maria II em 2009).
Quanto ao filme coproduzido por George Clooney, que só deve chegar a Portugal em 2014, a palavra ‘Óscar’ é a mais repetida.
Apesar de abordar a relação extremada entre Violet (Meryl Streep), a matriarca dura e cruel, dependente de barbitúricos, e Barbara (Julia Roberts), a filha carente, esta última confessa com humor que “nunca tinha trabalhado tanto na vida, apesar de ter dado à luz três filhos”.
E admitiu que contracenar com Meryl Streep é “um sonho tornado realidade”. Meryl poderá aqui registar a sua 18ª nomeação para os Óscares (três vitórias), embora nos bastidores corra o rumor de que a estratégia de Harvey Weinstein (patrão da Miramax) é a de a relegar para a categoria de Atriz Secundária.
Deixaria assim a Julia a possibilidade de voltar a ganhar o Óscar de Melhor Atriz, após o ter feito em 2000, com ‘Erin Brockovich’.
Julia elogiou a colega afirmando que “para ela [Meryl] não basta estalar os dedos para ser
genial. É tudo trabalho”. E acrescentou que “a fama é apenas uma brisa que passa”. Quanto à hipótese de voltar a receber um Óscar, admitiu: “É uma sensação muito boa! Recomendo!”