Os institutos politécnicos vão oferecer, já a partir de 2014, novos cursos superiores especializados com duração de apenas dois anos e destinados a alunos que concluem o Secundário. Estas formações curtas vão suceder aos atuais Cursos de Especialização Tecnológica e incluem um ano de estágio em empresas.
A intenção de avançar com os novos cursos já tinha sido anunciada em fevereiro pela tutela, mas só ontem o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, propôs esta solução ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
Joaquim Mourato, presidente do CCISP, mostrou-se agradado e suavizou o discurso, depois de há uma semana ter dito que o funcionamento dos politécnicos estava em causa com novo corte de 20 milhões de euros em perspetiva no orçamento de 2014.
“Estes cursos surgem porque é uma necessidade do País. À semelhança do passado, os politécnicos sempre foram estruturas flexíveis que responderam àquilo que era necessário fazer no momento”, afirmou Joaquim Mourato, após reunião com a tutela, frisando que a nova oferta será garantida com os recursos existentes e só pontualmente admite contratar mais docentes.
O responsável afirmou, contudo, que as questões orçamentais “nunca estão ultrapassadas”. “Amanhã pode surgir uma nova cativação mas esta é a nossa vida, temos de saber lidar com ela.”
O secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes, disse que os politécnicos farão a “ligação das escolas com o mundo do trabalho” e fixou como objetivo ter 5 mil alunos no arranque dos cursos e subir para 20 mil a médio prazo.