O jipe partiu por volta das 12h00 do quartel dos Bombeiros de Famalicão da Serra, na Guarda. Tinha como destino os Hospitais de Coimbra e do Porto, onde estão internados os quatro elementos da corporação queimados na quinta-feira, no incêndio de Vila Nova de Foz Coa. A viatura circulou apenas alguns quilómetros e na freguesia de Chãos a tragédia aconteceu: o veículo chocou comum carro e caiu numa ravina. Seis pessoas ficaram feridas. A condutora do carro escapou ilesa.
O acidente causou ferimentos no Comandante da corporação de Famalicão da Serra e em dois bombeiros. Na viatura seguia ainda a mãe e a mulher de Valter Ruano, de 24 anos, que está internado em estado grave no Hospital de S. João, no Porto. Também ficaram feridas, tal como a esposa de um outro soldado da paz que está igualmente hospitalizado. Todos os feridos foram transportados para o Hospital da Guarda, de onde tiveram alta ao final do dia.
“Foi mais o susto que outra coisa, mas, ainda assim, este acidente serviu para deixar esta equipa ainda mais triste do que estava”, afirmou ao CM António Fontes, presidente da corporação de Famalicão da Serra.
Joaquim Ruano, de 40 anos, Acácio Esteves, de 20, e Albano Romano, de 62 – três dos bombeiros feridos em Vila Nova de Foz Coa – estão internados nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Já Valter Ruano, de 24, está no Hospital de S. João, no Porto, uma vez que seu estado de saúde inspira mais cuidados.
“O estado é muito reservado, mas pelo menos é estável. Temos esperança, mas ao mesmo tempo há um enorme sentimento de perda que só vai passar quando regressarem”, adiantou António Fontes.
Os familiares e os bombeiros já não conseguiram visitar os feridos. Deverão, durante o dia de hoje, tentar finalmente prestar o seu apoio nas unidades de saúde onde as vítimas estão internadas em estado grave.