58 VIATURAS LIMPA-NEVES CUSTAM MILHARES AO ESTADO

Nevões provocam corte de estradas, por exemplo, no acesso à serra da Estrela
Nevões provocam corte de estradas, por exemplo, no acesso à serra da Estrela
Nevões provocam corte de estradas, por exemplo, no acesso à serra da Estrela
Nevões provocam corte de estradas, por exemplo, no acesso à serra da Estrela

São 58 as viaturas, entre limpa-neves e equipamento adaptado, que garantem as condições de circulação das estradas nacionais e das autoestradas nos principais distritos afetados pela queda de neve. Um número que o próprio presidente da Estradas de Portugal, António Ramalho, considera excessivo, estando por isso a discutir com as concessionárias a sua redução, no âmbito da renegociação para baixar os custos das Parcerias Público-Privadas (PPP), apurou o CM.
A Estradas de Portugal (EP) conta com11 veículos especializados (limpa-neves) e mais 20 Viaturas destinadas a essa tarefa, nomeadamente retroescavadoras, tratores e rotativas. O Centro de Limpeza de Neve, em Piornos, concentra a maior parte do equipamento, mas estão também disponíveis viaturas em Castelo Branco, Coimbra, Viseu, Guarda, Vila Real e Bragança.
Aos meios da EP somam-se os das concessionárias de autoestradas que foram obrigadas, no âmbito dos contratos com o Estado, a garantir a limpeza das vias com meios especializados. As concessionárias contam com mais 28 limpa-neves, entre outro tipo de equipamento.
Além das 58 viaturas dedicadas à limpeza de neve de correntes de obrigações do Estado, também as corporações de bombeiros das áreas mais atingidas, bem como as autarquias, dispõem de diverso equipamento para o efeito. As corporações de Montalegre, Alfândega da Fé, Pampilhos e Bragança contam-se entre as corporações de bombeiros que dispõem de equipamento de limpeza de neve.
Mas é sobretudo do excesso de equipamento concentrado na EP e nas concessionárias rodoviárias que se queixa o presidente da empresa pública. É que o custo de um limpa-neves, por exemplo, pode ultrapassar os 50 mil euros.
António Ramalho queixa-se do número de limpa-neves em Portugal, mas também do custo dos 51 centros de apoio e manutenção em Portugal, e dos patrulhamentos de duas em duas horas sem qualquer utilidade específica e sem qualquer paralelo na Europa, que custam milhares de euros ao erário público todos os anos. “Como português, custa-me, porque os portugueses pagam isso tudo”, afirmou o presidente da EP, que estará já a tentar reduzir as obrigações das concessionárias e a baixar custos nas PPP.