Há cada vez mais casais no desemprego em Portugal. Em junho deste ano, havia 12 065 casais em que nenhum dos cônjuges tinha trabalho, uma subida de 45 por cento em relação a igual período do ano passado, segundo os números do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Os últimos dados do desemprego mostram um ligeiro recuo por efeito da sazonalidade mas, no que se refere a casais, este valor não pára de subir ano após ano. Por exemplo, quando esta estatística começou a ser divulgada, em outubro de 2010, havia 1500 casais desempregados. Os 12mil registados em junho passado representam, assim, uma subida de 700 por cento em pouco mais de dois anos.
No espaço de um ano, o cenário não é melhor. De acordo com os números do IEFP, no final de junho de 2013 existiam mais 3 749 casais desempregados face ao período homólogo, o que significa que, por mês, de junho de 2012 a junho deste ano, caíram nesta situação, em que nem marido ou mulher têm emprego, dez casais por mês. No entanto, comparando entre maio e junho deste ano, registou-se uma quebra de 3,3 por cento.
O Governo permite uma majoração do subsídio de desemprego em 10 por cento por pessoa mas com algumas condições: só abrange casais, incluindo união de facto, em que ambos os elementos recebem subsídio de desemprego e têm filhos a seu cargo, englobando também famílias monoparentais sem direito a pensão de alimentos decretada por tribunal.