EGITO – GOVERNO JUSTIFICA DIA DE MASSACRES

As famílias de centenas de mortos nos confrontos de quarta-feira velaram os cadáveres em mesquitas do Cairo
As famílias de centenas de mortos nos confrontos de quarta-feira velaram os cadáveres em mesquitas do Cairo
As famílias de centenas de mortos nos confrontos de quarta-feira velaram os cadáveres em mesquitas do Cairo
As famílias de centenas de mortos nos confrontos de quarta-feira velaram os cadáveres em mesquitas do Cairo

Indiferente às críticas de todos os quadrantes da comunidade internacional, dos EUA ao Irão, o primeiro-ministro egípcio defendeu o uso da força contra os apoiantes da Irmandade Muçulmana e do presidente deposto, Mohamed Morsi. Na TV, Hazem Beblawi elogiou a “contenção” das forças de segurança e alegou que a organização islâmica é uma ameaça à paz e à segurança no Egito.
“O Egito não pode avançar, especialmente no plano económico, sem segurança”, afirmou Beblawi em declaração na TV, considerando a Irmandade um risco de terrorismo no país.
Esta defesa da violência que marcou, quarta-feira, a desocupação de campos de apoiantes de Morsi no Cairo surge no dia em que o governo admitiu a morte de 525 pessoas na operação.
A Irmandade Muçulmana acusa os militares que depuseram Morsi a 3 de julho de falsearem os números e fala de mais de dois mil mortos. Apesar do recolher obrigatório decretado quarta-feira, apoiantes de Morsi incendiaram edifícios do governo no Cairo e em Gizé e atacaram esquadras da polícia.