Agosto e setembro já não são os mesmos desde que arrancou o ‘Lisboa na Rua’, iniciativa da EGEAC que desde há cinco anos a esta parte leva para a rua espectáculos de música – desde jazz a música erudita, passando pelo rock e pela música eletrónica –, mas também cinema, teatro e até uma mostra de videoarte.
Este ano a festa encerrará, a14 e 15 de setembro, com a estreia na capital de ‘A Viagem do Elefante’, versão teatral do romance homónimo de José Saramago, numa produção do Trigo Limpo Teatro ACERT, deTondela. Teatro de rua que implica a construção de uma grande máquina cénica (o próprio elefante) e muitos atores e figurantes, o espetáculo anda atualmente em digressão nacional e termina a sua viagem em Lisboa.
Segundo fonte da EGEAC, “os números têm crescido de ano para ano, com uma adesão crescente e, até, com as pessoas a telefonarem para saber quando é que o festival arranca”.
É que se o verão convida a passar mais tempo na rua, com o calor a ajudar – e muito – o facto de todas as iniciativas terem entrada livre contribui para o interesse que o ‘Lisboa na Rua’ suscita junto de todos. Até os espectáculos considerados mais elitistas – como os concertos da Metropolitana e os das orquestras de jazz – têm tido êxito.
O programador para a área do jazz,Luís Hilário, sublinha a importância do festival ter uma Programação plural.
“Quem vai ver os concertos de jazz, é porque gosta de jazz. As pessoas procuram ofertas culturais específicas, mas sendo difícil quantificar espectadores em concertos de rua, os de jazz têm atraído entre 300 a 500 pessoas. O que é ótimo”, conclui.