TRIAGEM MAL FEITA PROVOCA MORTES

Há sinais de situações graves que só os médicos têm formação para detetar, diz a Ordem
Há sinais de situações graves que só os médicos têm formação para detetar, diz a Ordem
Há sinais de situações graves que só os médicos têm formação para detetar, diz a Ordem
Há sinais de situações graves que só os médicos têm formação para detetar, diz a Ordem

São cada vez mais recorrentes os relatos de morte de doentes triados com a pulseira verde nos hospitais. O alerta é da Ordem dos Médicos (OM), no seguimento do caso de uma mulher de 38 anos que teve uma paragem cardiorrespiratória e morreu pouco tempo depois de lhe ser atribuída a cor verde (pouco urgente). A OM aponta deficiências graves ao sistema de triagem dos doentes utilizado nos hospitais, denominado Triagem de Manchester.
Sem revelar o nome do hospital onde ocorreu o caso fatal, num artigo publicado na revista da OM é relatado que “uma doente do sexo feminino, com 38 anos, alegadamente saudável e sem qualquer medicação habitual, deu entrada num serviço de urgência no qual foi submetida, por um enfermeiro, à Triagem de Manchester”. A doente apresentava agitação psicomotora e queixas inespecíficas de ansiedade, afirmando que “parece que alguém está a tomar conta de mim”.
A doente disse que não tinha qualquer dor a nível torácico e foi escolhida a referência “comportamento estranho” com a atribuição da pulseira verde. Dado que era previsível que o caso fosse encaminhado para o serviço de psiquiatria, a doente foi direcionada para o gabinete dessa especialidade.
Dez minutos depois, quando o médico a ia observar, deu-se a paragem respiratória. Os médicos tentaram reanimar a utente durante mais de uma hora, mas esta acabou por falecer.
Segundo a OM, o sistema de triagem deve ser aplicado “por médicos experientes e não por enfermeiros, pois só os médicos têm a formação necessária para se aperceberem dos sinais insidiosos que podem apontar para situações potencialmente mais graves”. Sublinha ainda que “a Triagem de Manchester não possui um grau de segurança fidedigno, pelas limitações das poucas dezenas de protocolos incorporados”.