O fecho no período noturno das especialidades de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva, Cirurgia Maxilo-Facial, Gastrenterologia e Cirurgia Vascular numa das três Urgências Hospitalares em Lisboa que vão ser alvo de uma reorganização dos serviços vai prejudicar os doentes que vão ter adiados, por mais de 24 horas, os tratamentos, alerta a Ordem dos Médicos.
A ordem acusa o Ministério da Saúde de estar a prejudicar os doentes com esta reorganização dos Serviços de Urgência quando vai ter como poupança, pelo fecho daquelas valências, cerca de 60 mil euros por ano.
Segundo dados da instituição a que o CM teve acesso, num dos hospitais que vai ser alvo do projeto de encerramento, foram feitas, entre janeiro e dezembro de 2012, um total de 3223 cirurgias nas Urgências, no âmbito da Cirurgia Plástica e Maxilo-Facial, das quais, 423 cirurgias foram feitas com anestesia geral. Os médicos dizem que o adiamento do tratamento de um número indeterminado de doentes irá causar, além de um prejuízo grave para o seu conforto, um pior prognóstico clínico, o que irá acarretar uma acumulação de trabalho nas consultas e atendimentos aos doentes e uma pior rentabilidade da atividade dos serviços hospitalares.
A reorganização entre as 20h00 e as 08h00 das Urgências de Santa Maria, São José e São Francisco Xavier ocorre no dia 2 de setembro e implica a concentração de especialidades.