João Gil, informático de 40 anos, ganhou o segundo prémio do Euromilhões há quatro anos. Mas esbanjou os 600 mil euros em carros e outros bens de luxo. Acabou falido e a morar em casa de Raquel Pereira Ribeiro, 75anos,a quem arrendou um quarto em Lisboa. Mas na segunda-feira, a idosa foi encontrada morta na banheira de casa, enrolada num tapete e o inquilino em fuga tornou-se o principal suspeito. Anteontem à noite a Judiciária localizou-o e prendeu-o em Cascais.
Em apenas quatro dias, a secção de homicídios da PJ de Lisboa, em articulação com a Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento do DIAP deteve o homicida. Ontem foi levado ao ‘super juiz’ Carlos Alexandre que depois de o interrogar decretou-lhe a medida de coacção mais gravosa – prisão preventiva até ao julgamento.
Ao que o CM apurou, o homem estava com pena suspensa por crimes de tentativa de violação e sequestro.
Ontem à tarde, durante o interrogatório, João Gil contou que é um euromilionário falido, declarações que se provaram ser verdadeiras, e sofre de depressão. Garantiu que não se dava mal com a senhoria, com quem vivia há vários meses no 5º andar de um prédio na avenida dos Estados Unidos da América, em Lisboa. Mas as divergências com a idosa em relação à renda da casa e a sua personalidade depressiva, confessou, contribuíram para perder a cabeça no dia em que a esfaqueou até à morte. Para ocultar o cadáver, João Gil enrolou-o num tapete do apartamento. Depois encheu a banheira de água e enfiou o corpo lá dentro. Ainda o tapou com plantas e vasos. Depois desapareceu.
Na tarde de segunda-feira a família deu o alerta e a polícia encontrou o corpo.