Uma arrumação ao depósito da Fundação Dionísio Pinheiro, em Águeda, levou à descoberta daquela que é já considerada a maior coleção do mundo de gravuras de Rembrandt, 282 gravuras, que pertenceu à Biblioteca Nacional de Paris, agora expostas até final do mês.
Uma fundação foi criada por testamento de um empresário do setor têxtil que fez fortuna no Porto, Dionísio Pinheiro, que viveu entre 1891 e 1968, fez várias atividades comerciais e industriais, de que é exemplo a criação de uma fábrica de tecidos em Rebordões, Santo Tirso e foi a partir daí que se descobriu num dos seus depósitos, diversas peças, entre elas, um conjunto de gravuras já identificadas como sendo de Rembrandt, de diferentes estádios, que terão sido compradas entre 1956 e 1958, na sequência de um leilão da coleção de arte do Conde do Ameal, que as terá adquirido de uma coleção da Biblioteca Nacional de Paris.
Com esta descoberta, a administração da Fundação resolveu divulgá-la e fazer uma primeira exposição temporária com uma seleção de 14 gravuras, por limitações de espaço e razões de segurança, além de disponibilizar a coleção para estudo, estando a ser procurada por especialistas em Arte.