O último balanço das autoridades aponta para 238 mineiros mortos e ainda 120 retidos dentro da mina que colapsou na zona ocidental do país, depois duma explosão seguida de incêndio.
Os números são provisórios e têm vindo a ser atualizados, ao amanhecer as equipas de socorro indicavam 201 mortos mas independentemente do número de vítimas, a Turquia decretou três dias de luto nacional depois do acidente na mina, ao fim da tarde de terça-feira, na zona oeste do país.
Uma nota do gabinete do 1º mistro da conta que “devido à catástrofe ocorrida na mina de Soma, foram decretados três dias de luto nacional, a partir de terça-feira, 13 de maio”.
O chefe do executivo anulou uma deslocação à Albânia para visitar a zona da catástrofe, depois do presidente da Turquia ter confirmado que se desloca na quinta-feira a Soma e ter anulado uma viagem à China.
O acidente foi causado por uma explosão seguida de um incêndio, na mina de carvão de Soma, localidade situada a uma centena de quilómetros de Izmir (oeste, perto do mar Egeu).
À medida que o tempo vai passado a esperança de encontrar sobreviventes diminue cada vez mais, afirma o ministro da energia no local.
Ainda no incidente pelo menos 80 pessoas ficaram feridas, quatro das quais gravemente. Ao todo, 363 mineiros foram retirados com vida da mina, mas cerca de 200 continuam ainda presos nos poços, apesar dos esforços das equipas de socorro.
Nas últimas horas seis trabalhadores foram retirados vivos da mina, mas desconhece-se o seu estado de saúde.
Quando ocorreu a explosão, seguida do incêndio que ainda não foi extinto, 787 trabalhadores estavam na mina de carvão, na terça-feira à tarde, disseram as autoridades turcas.
Em resposta às acusações de negligência, o ministro Yildiz afirmou: “Se houve negligência, não fecharemos os olhos.
Vamos tomar todas as medidas necessárias, incluindo administrativas e legais”.
O gabinete do procurador regional abriu hoje um inquérito judicial ao acidente.
As equipas de socorro continuam a trabalhar freneticamente no local, mantendo jornalistas e espetadores à distância.