São 2185 os professores do quadro do Ministério da Educação e Ciência aos quais não foram atribuídos horários para o ano letivo 2013/2014. Segundo as listas de colocação de professores através do regime de mobilidade interna, 1380 são docentes do quadro de zona pedagógica (afetos às escolas de uma região). Os restantes 805 são de escola ou agrupamento. Em relação ao ano lectivo passado, são mais 313 docentes sem horário atribuído.
Os dados do Ministério da Educação e Ciência (MEC), divulgados ontem, fazem referência a 6437 horários ainda por preencher, de um total de17263 lançados a concurso. Os cerca de 6500 horários vão ser devolvidos às direcções das escolas, que vão avaliar as efetivas necessidades dos mesmos. Depois, os horários vão ser postos à disposição dos 2185 professores sem componente letiva, através da plataforma de concurso da Direção-Geral da Administração Escolar. Os resultados serão conhecidos durante a segunda semana de setembro. O Ministério acredita que quase a totalidade dos docentes sem horário vão encontrar colocação.
O MEC considera positivo o resultado das colocações, uma vez que traduz o propósito das medidas adotadas. A redução do número e consequente alargamento da área de influência dos Quadro de Zona Pedagógica e o concurso de vinculação extraordinária foram acções que permitiram uma melhor e mais eficaz rentabilização dos recursos.
Em comunicado, o ministério de Nuno Crato alerta para “o desequilíbrio entre as necessidades das escolas e os docentes disponíveis nas zonas pedagógicas”. “Há zonas onde existem mais professores, de certos grupos de recrutamento, do que são precisos. Em outras zonas, as escolas querem professores e não os há”, esclareceu fonte do gabinete do ministro Nuno Crato, apontando Lisboa como um exemplo desse mesmo desequilíbrio.