
Dois palestinianos morreram esta sexta-feira num ataque israelita, elevando para 100, o número de mortos nestes quatro dias de conflito em Gaza, de acordo com números avançados pelo porta-voz do ministério da saúde palestiniano.
As duas últimas vítimas são palestinianos mortos e um terceiro ferido num ataque israelita que teve como alvo um carro pertencente ao município de Bureij (no centro da faixa de Gaza), mas logo no início do dia, outros seis palestinianos morreram em dois ataques, incluindo um na casa de um militante islâmico da jihad na cidade de Rafah, no sul de Gaza.
De acordo com testemunhas, o militante Abdel Razzaq al-Ghannam não se encontrava em casa na altura do ataque, mas cinco outras pessoas, incluindo uma mulher e uma criança de sete anos, foram mortos.
Outras 15 pessoas foram feridas neste ataque, que se deu uma hora após um outro ataque na vizinhança da cidade de Tel al-Hawa, também no sul de Gaza, e que matou Anas Abu al-Kass, de 33 anos.
O número de mortos subiu para 100 desde que Israel começou a operação “Protective Edge” no início de dia 8 de julho com o objetivo de parar o disparo de mísseis sobre a fronteira Israel-Palestina por grupos militantes.
Desde dia 8, os militantes dispararam 426 morteiros e mísseis que atingiram território israelita, enquanto 121 mísseis foram intercetados pelo sistema de defesa “Iron Dome”, afirmou uma porta-voz do exército israelita.
Esta é a mais mortífera onda de violência desde novembro de 2012, com um número cada vez maior de mísseis disparados tendo como alvo Jerusalém, Tel Aviv e até Haifa, no norte de Israel.
Até ao momento nenhum israelita foi morto no conflito, porém dois soldados ficaram gravemente feridos, um num ataque de morteiro no fim de dia 10 e outro quando um míssil atingiu uma bomba de gasolina na cidade portuária de Ashod, no sul de Israel, no inicio desta sexta-feira.
Israel autorizou a chamada de 40.000 rservistas, ameaçando uma operação por terra para terminar os disparos de mísseis de que tem sido alvo.