1 MINUTO DE TERROR NA MORTE DE MARLON

Um minuto e 20 foi o tempo que durou o ataque. Marlon foi o primeiro a fugir, mas refugiou-se
Um minuto e 20 foi o tempo que durou o ataque. Marlon foi o primeiro a fugir, mas refugiou-se
Um minuto e 20 foi o tempo que durou o ataque. Marlon foi o primeiro a fugir, mas refugiou-se
Um minuto e 20 foi o tempo que durou o ataque. Marlon foi o primeiro a fugir, mas refugiou-se

O relógio marcava uma hora, dez minutos e vinte segundos. Marlon estava com mais quatro jovens à porta do barracão, na Queima das Fitas, a poucos metros do local onde tinham acabado de contar o dinheiro. A videovigilância mostra um minuto e vinte segundos de terror. Ouve-se um primeiro disparo e os jovens assustam-se. Fogem.
Marlon Correia, de 24 anos, é o primeiro a entrar no pré-fabricado. Esconde-se num canto à direita, os colegas saem pela porta contrária. São três os jovens que fazem o assalto. Um leva nas mãos um saco de serapilheira e grita: “Onde está o dinheiro?”. Os outros têm coletes azuis, onde se pode ler‘polícia’, e as caras tapadas com meias da mesma cor. O mais baixo e de compleição mais forte empunha uma pistola nove milímetros. Quando entra no barracão ainda vê Marlon a fugir. A porta ainda não se fechou, quando dispara vários tiros. Perfuram a fina parede e matam o jovem.
As imagens mostram ainda os três rapazes a procurar o dinheiro. Não gastam mais de trinta segundos, aproximam-se do barracão ao lado e espreitam pela janela. Parecem desnorteados, não entram. Aí estava o dinheiro. Volta a ouvir-se, ao longe, outro disparo.
É o quarto elemento do grupo que à entrada baleou um segurança nas costas. O gang não sabia o que se passava e começa a correr em direção à vedação. Um deles atira para o chão uma mochila que acabara de roubar. Tem um computador portátil, era de um estudante.
As imagens que estão na posse da PJ nada revelam sobre os assaltantes. Estão fortemente mascarados, não ficaram filmados os carros que usaram na fuga. Fizeram-no em dois automóveis que arrancam a grande velocidade.
A família de Marlon, que ontem chorou a morte no velório do jovem, só pede justiça. Imploram para que o grupo seja rapidamente apanhado.